A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) enviou uma carta escrita a próprio punho ao ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio, anunciando uma greve de fome para evitar sua extradição ao Brasil.
“Por ter certeza absoluta que o senhor não tomou a melhor decisão, começo hoje uma greve de fome que só o senhor pode acabar, negando a minha extradição, o que me colocará em liberdade, que é o correto”, escreveu a parlamentar.
Ela também alegou que a decisão do ministro italiano de mantê-la presa na Itália o coloca “de mãos dadas com o próprio demônio”, em referência ao atual governo brasileiro.
Na carta, Zambelli alega estar sofrendo “perseguição política” em virtude de sua condenação no STF (Supremo Tribunal Federal) a mais de dez anos de prisão pela invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A deputada também foi condenada à perda do mandato e recebeu multa no valor de R$ 2 milhões.
Conforme o advogado de Zambelli, Fabio Pagnozzi, ela passou por outra audiência de custódia nesta semana sobre um recurso da defesa contra a manutenção da prisão cautelar da parlamentar.
A ideia é que ela cumpra prisão domiciliar enquanto a Itália decide sobre o pedido de extradição do Brasil. Apesar disso, a Procuradoria da Justiça italiana emitiu um parecer contrário, mantendo a deputada na prisão de Rebibbia, em Roma.
Detida desde 29 de julho na Itália, a deputada permanece no presídio feminino Germana Stefanin.
Fonte: R7