O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e das Forças de Segurança (Policia Militar e Corpo de Bombeiros), em parceria com a Prefeitura de João Pessoa, iniciou, ontem (27) pela manhã, mais uma ação de combate ao Aedes aegypti, utilizando drones na identificação de criadouros do mosquito na capital. A ação segue nesta terça-feira (28), com concentração no Mercado Público de Mangabeira, na capital.
O gerente operacional de Saúde Ambiental da SES/PB, Luiz Almeida, explicou que o uso dos drones é mais uma ação que o Estado vem desenvolvendo no combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. “Com essa ação inovadora, usando aeronaves não tripuladas, nós vamos sobrevoar os imóveis da área da Avenida Josefa Taveira para verificar as calhas e possíveis caixas d’água abertas e nortear os agentes de combate às endemias – que fazem o controle vetorial de forma mais direta – e, a partir do momento que identificarem situações de risco, vão direcionar as intervenções necessárias e evitar a proliferação do mosquito”, explicou.
Ainda de acordo com Almeida, a partir do último mês de março, foram realizados projetos pilotos no Detran da capital e de Campina Grande. Como a experiência foi bastante exitosa, as aeronaves passarão a compor as estratégias de combate do Aedes. Nos dois dias da operação serão utilizados dois drones que pertencem à Polícia e Bombeiros Militares.
A gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, Pollyana Dantas, convocou a população para entrar nessa luta contra o mosquito. “A gente pede para que a população ajude, se una aos agentes, pois estamos num momento bastante delicado da dengue e precisamos da ajuda de toda população, inclusive apoiando o trabalho dos agentes para que possam eliminar os focos do mosquito”, declarou.
Paulo Pê, que é agente de combate às endemias há 27 anos, festejou o uso da nova tecnologia, embora os anos de experiência lhes mostre que a população é o aliado mais importante na luta contra o mosquito. “A tecnologia ajuda? Claro que sim e muito, mas a população deve ter consciência do seu importante papel nessa batalha”, falou.
A dona de casa Eliane Tertuliano da Silva, que mora num sítio no município do Conde, estava no Mercado Público de Mangabeira e elogiou a ação. “Eu já tive dengue e chinkungunya que me deixou cinco dias de cama e nunca mais deixei de sentir dor. Se eu já era cuidadosa, depois disso, então, os cuidados redobraram. As pessoas têm que ajudar e, cada um nas suas casas, tem que fazer de tudo para que o mosquito não chegue nem perto, pois nem para o meu pior inimigo eu desejo uma chikungunya”, desabafou.
Ações de cada cidadão contra o mosquito
– coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada;
– não jogue lixo em terrenos baldios;
– se for guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha-as sempre com a boca para baixo;
– manter bem tampados caixas, tonéis e barris de água.